SALVE CAMARADAS!
ESTE ARTIGO DE JORNAL, TIRADO DO JORNAL DA TARDE (09/02/2010), NOS RETRATA COMO AS MANIFESTAÇÕES TRADICIONAIS DENTRO DA METRÓPOLE SÃO TRATADAS.
ANTIGAMENTE, O SAMBA ERA REPRIMIDO PELA POLÍCIA, DAVA CADEIA, E É CLARO, A "SOCIEDADE" SEMPRE SEMANIFESTANDO CONTRA A "BADERNA" DE "ARRUACEIROS"...
SEGUE:
Moradores se dividem sobre o desfile de rua
Mariana Lenharo
Especial para o JT
O impedimento pela Subprefeitura da Sé do desfile do Bloco Unidos da Maria Antonia (BUMA), que deveria acontecer no sábado, divide opiniões. Apesar da oposição da Associação dos Moradores e Amigos da Maria Antonia (AMAR), muitos moradores defendem que o bloco continue saindo às ruas, como já é tradição há mais de 30 anos.
O comerciante José Rodrigues Pombo, que trabalha na Maria Antonia há 40 anos, acha que manifestações como o carnaval de rua são importantes para a população. “Não é que o povo precise de pão e circo, mas um pouco de alegria é necessário.” José Rodrigues, que mora na região, lembra que a tradição dos blocos carnavalescos é centenária e acrescenta que, na Maria Antonia, sempre teve ordem e policiamento.
Já a moradora Joice Soares considera que a presença do bloco fere o direito de ir e vir dos moradores. “Ficamos presos dentro de casa.” O direito de ir e vir também é um dos argumentos utilizados pela AMAR. O presidente da associação, Edgard J. C. Menezes, afirma que o bloco é a “consagração de uma desordem generalizada que ocorre o ano inteiro”.
Ele se refere ao aumento do número de bares na região. “A Maria Antonia não é um centro de lazer, é uma rua residencial onde as pessoas devem poder dormir com tranquilidade”, defende. A associação argumenta que o desfile pode prejudicar as atividades do Mackenzie. Procurada, a instituição preferiu não se pronunciar.
Julio Cesar Fernandes Neves, advogado do bloco, teme que este seja um precedente perigoso para o carnaval de rua em São Paulo. 'A justiça priorizou o interesse privado em detrimento do interesse público”, afirma. Na sexta-feira, a Justiça manteve a decisão de negar o desfile anual.
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