segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

REVERENDO - LANÇAMENTO

PARABENIZAMOS DANIEL REVERENDO PELO LANÇAMENTO DO SEU DISCO, QUE ESTÁ MUITO BELO!

ESTE É MAIS UM MATERIAL DE EXTREMA IMPORTANCIA PARA O SAMBA DE SÃO PAULO E SUAS MANIFESTAÇÕES TRADICIONAIS.

COM PARTICIPAÇÕES ILUSTRES DE FIGURAS COMO DONA ANECIDE TOLEDO E SEU ROMÁRIO, BATUQUEIROS DE CAPIVARI, OSVALDINHO DA CUÍCA COM SUA CAIXA DE ENGRAXATE, AS FILHAS DO SEU BENEDITO, MESTRE DA CONGADA DE COTIA, ENRIQUECENDO O CORO, COMUNIDADE DO JONGO DE GUARATINGUETÁ, COM UMA DIREÇÃO MUSICAL DE COMPETENCIA DE PAULO DIAS.

O PARABENS DO PARANAPANEMA AOS AMIGOS DO CACHUÊRA!, E AO DANIEL COM SUAS BELAS COMPOSIÇÕES!



Sobre Daniel Reverendo (Trecho do texto de abertura do CD reverendo tambores do sudeste, por Paulo Dias)

“Foi no Bairro do Limão, onde laranja não entra, que Daniel Toledo ingressou na escola desta vida, correndo as ruas da Vila Carolina pra visitar os primos no Navio Negreiro, reduto negro do bairro batizado com o nome de triste lembrança. Filho de pastor evangélico, converteu-se ao samba no dia em que pisou na quadra da Portelinha. E na Rosas do Ouro recebeu sua ordenação como Reverendo.

Foi lá que o encontrei, no ano de 1991, trajado com grande apuro, para juntos organizarmos o coral da ala das baianas. Logo compreendi tratar-se de um embaixador, um chanceler da sua escola e do seu povo negro da periferia, dono de um refinamento intelectual e de uma poesia no falar que me cativaram e conquistaram para sempre.

O coral durou pouco, porém não a amizade. E as parcerias. Da Cachoeirinha, o Reverendo pulou pro Cachuera!, grupo então nascente que se reunia sob as árvores da USP, ao pé da fogueira, para pôr em prática aquilo que aprendíamos em viagens de campo às comunidades negras da nossa região Sudeste: tocar o tambor, cantar o canto e dançar a dança, e, acima de tudo, respeitar e meditar sobre os mistérios da arte espiritualizada africana que irriga corpo e alma do ser brasileiro.

Esse laboratório vivo, a ingoma Cachuera!, foi outra etapa iniciática na vida do nosso artista. Em visita à comunidade do Batuque de Umbigada em Tietê, Daniel Reverendo se descobre parente de Rei Domingos Arruda, maior compositor de modas da região, então com 103 anos de idade. Tendo recuperado sua ancestralidade familiar e artística, partiu para uma nova viagem, junto aos companheiros do Cachuera! : trazer a fala afrosudestina para a música que almejávamos. Não se tratava de tentar transplantar raízes, mas de fazer brotar mudas novas, em solo urbano e cosmopolita, a partir do humo fértil da tradição afrobrasileira.

Esse processo, Daniel Reverendo o encarnou como ninguém. Junto ao nosso rei e conselheiro Matusalém Silvério, multi-artista negro que hoje nos observa e guia do alto das claridades d ‘Aruanda, Daniel começa a compor modas de Batuque, pontos de Jongo e cânticos de Congado, num brotar continuo que perdura até hoje. As músicas deste CD constituem apenas uma pequena - porém significativa - amostra de sua produção. Algumas de suas canções já foram gravadas em disco, e apresentadas até na Europa pelo compositor”.



AXÉ

SALVE BENEDITO

PROJETO DOMINGO NA YAYÁ

O PARANAPANEMA FOI SELECIONADO PARA REALIZAR UM SHOW NO DOMINGO NA YAYÁ EM 2009!!

COLOCANDO EM AÇÃO O "SAMBA PAULISTA DDAS MARGENS", A APRESENTAÇÃO SERÁ NA CASA DE DONA YAYÁ, LOCALIZADA NA RUA MAJOR DIOGO, 353 - BELA VISTA, UM DOS BERÇOS DO SAMBA NA CIDADE.

DIA 22/03/2009
ÀS 11:00 HS
ENTRADA FRANCA

SALVE

terça-feira, 26 de agosto de 2008

MISCELÂNEA CULTURAL 13/12!!!

SALVE AMIGOS!

PARANAPANEMA, SÁBADO, 13/12, À PARTIR DAS 22:30HS, NO MISCELANEA CULTURAL (RUA ÁLVARO ANES, 91 - PINHEIROS).

SAMBA PAULISTA E SUAS ORIGENS, DESTACANDO O SAMBA RURAL, CONGADAS, JONGOS, UMBIGADAS, ALÉM DOS GRANDES BALUARTES DO SAMBA DA PAULICÉIA, COMO GERALDO FILME, ROSANGELA MACEDO, TONIQUINHO BATUQUEIRO, EDU BATATA, ADONIRAN BARBOSA, KIKO DINUCCI, NENE LUCATO, PAULO VANZOLINI, ETC...

PARANAPANEMA:

CARLINHOS AMARAL - VIOLÃO 7 CORDAS/SAX
CESINHA AZEVEDO - PERCUSSÃO/VOZ
LUIZ FONSECA LOBO - PERCUSSÃO/VOZ
NENE LUCATO - PERCUSSÃO
RICARDO VINCENT - CAVAQUINHO/VIOLÃO
ROSANGELA MACEDO - VOZ/EFEITOS

www.myspace.com/paranapanema
www.paranapanemabatucada.blogspot.com
MISCELANEA CULTURAL:
RUA ALVARO ANES, 91 - PINHEIROS - TRAV DA AV PEDROSO DE MORAES, EM FRENTE À FNAC.

http://www.miscelaneacultural.com.br/

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

PARANAPANEMA 2008

AÊ GENTE!

O PARANAPANEMA ESTARA NO DIA 15/08, SABADÃO, NO CCPC DANDO NOVOS FORMATOS AO NOSSO TRABALHO...

NA RUA DA CONSOLAÇÃO!

A PARTIR DAS 22:30...


ABRASS

LOBO

segunda-feira, 7 de abril de 2008

PARANAPANEMA NA VIRADA!

É isso aí rapaziada, dia 27 de abril tem PARANAPANEMA na Virada Cultural!!

local: Palco do Samba Paulista - LARGO STA EFIGENIA - centro
Horário: 6h (6 da matina memo!)

sexta-feira, 4 de abril de 2008

SAMPA PAULISTA NO BUTECO

SEXTA - 11/04 - Luiz Lobo e amigos
Nosso amigo Luiz (Lobo) estará conosco no Beltiquim Cultural / Bar do Beto, em um trio formado com integrantes do grupo Paranapanema.
Os meninos apresentarão repertório de sambas paulistas (Geraldo Filme, Henricão, Adoniran, Paulo Vanzolini...) e suas origens (ijexá, jongo, batuque de umbigada, samba de roda ou tiririca, congadas...)

Integrantes do Trio:
Luiz (Lobo) - percussão e voz
Adriano - violão
Ricardo Vincent - cavaquinho e voz

Local: Beltiquim (Bar do Beto)
Rua Coronel Ferreira Leal, nº. 98 - Jardim Bonfiglioli - Butantã.

(Muito fácil de chegar: é a primeira travessa da Heitor Antônio Eiras Garcia, bem próximo à Corifeu de Azevedo Marques.)

Horário de Funcionamento: de segunda a sábado, das 18:00 à 01:00.

Comunidade no Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=262286

Comidinhas: Servimos caldo de feijão, caldo verde e carne seca com mandioca - tudo preparado com o melhor do temperinho maranhense! Confira o cardápio na nossa comunidade :)

Obrigada pelo carinho!!!

Um Abração
BETO e LU

quarta-feira, 26 de março de 2008

HENRICÃO

SEGUE ABAIXO O TEXTO DA CONTRA-CAPA DO DISCO DO HENRICÃO, LANÇADO EM 80...
GRANDE SAMBISTA DE SÃO PAULO!!!

"Na recente visita do papa ao Brasil, milhões de pessoas – em diversas ocasiões, em diferentes pontas do País – se despediram de João Paulo II cantando “Está chegando a hora”. Eles estavam apenas repetindo um hábito que já se tornou tradicional, entre nós, nas grandes comemorações futebolísticas e nos finais de bons bailes. E mal sabiam que o responsável por esse sucesso carnavalesco, Henrique Felipe da Costa, estava naquele mesmo início de julho reiniciando sua carreira artística gravando este disco. Desde 1956 Henricão – compositor também de outros sucessos como “Casinha da Marambaia” e “Carmelito” – não gravava.

O ostracismo estava deixando o veterano sambista “cheio de tristezas”. Afinal, no carnaval deste ano a Vai-Vai, escola de samba mais popular de São Paulo, que ele ajudara a fundar, comemorava 50 anos de existência oficial, mas Henricão não tinha sido convidado sequer para assistir um ensaio na quadra do Bixiga. Outro aborrecimento era a falta de notícia da cantora com quem formara famosa dupla nos anos 30 e 40. Por onde andaria aquela Carmelita Madriaga, a moça que tirou ele de um programa de calouros, transformou em sua parceira de palco, batizou com o nome artístico “Carmem Costa” e deu de presente para a música popular brasileira?

Fui encontrá-lo assim, com essas inquietações, no início de 1980. A minha missão era escrever uma reportagem sobre a Vai-Vai para o Jornal da Tarde. Por indicação do fotógrafo e pesquisador musical Dirceu Leme, localizei Henricão trabalhando numa casa de carros usados da “boca” da rua Helvetia, no decadente Campos Elíseos. E morando num apartamentinho entre armazéns de transportadores no Pari.

Henricão, com seus 150 quilos, é um sujeito forte para quem está com 72 anos. Uma idade que não o impedia, naquela época, de fazer muitos projetos. Um deles: gravar de novo um disco. Só que este desejo tinha uma barreira: o desdém com que os produtores de algumas gravadoras o recebiam.O que era uma injustiça não só para ele, mas também para a nossa música, que ficaria sem um documento digno da produção que ele realizou. Senti que o samba precisava de ajuda.

A mágoa com a Vai-Vai era tão forte que ele nem quis aceitar o convite para assistirmos juntos o carnaval na Avenida Tiradentes. Por sorte, em fevereiro, a Carmem Costa estava fazendo uma temporada na cidade, no “Ópera Cabaret”, do Bexiga. Levei o Henricão até lá. Foi um reencontro memorável. Carmem chamou o antigo companheiro ao palco e, de improviso, eles cantaram e dançaram alguns velhos sucessos da dupla. O público delirou, gostou de ver aquele negrão de cabelos e cavanhaque brancos, sambando com muita facilidade e meio encantado... como seu sorriso todo branco deixava perceber. Até parecia que os bons tempos tinham voltado: o gerente da casa contratou Henricão para terminar a temporada com Carmem.

Dias depois, ele estaria falando, por indicação minha, com Aluízio Falcão, da rádio e estúdio Eldorado. O Henricão cativou Aluízio logo de cara. Primeiro ele gravou um programa para a rádio, em que cantou e fez um depoimento. Recordou seu passado, como o dia em que saiu de Itapira, trazido para São Paulo por um comerciante corintiano que se entusiasmou ao vê-lo joga no gol do time local. O homem queria que aquele rapaz negro jogasse no Corinthians, mas em São Paulo o moço interiorano gostou mais das gafieiras. E logo estaria cantando em rádios. Um dia se aventurou, foi para o Rio. Lá a sua estrela artística começou a brilhar, especialmente a partir do momento em que Ataulfo Alves lhe apresentou a futura Carmem Costa. Excursionou pelo País, escreveu mais de cem músicas, conheceu o sucesso. Trabalhou, também, como ator, em teatro, cinema e televisão. Ganhou prêmios... No programa da rádio, ele contou tudo em detalhes.

Passaram-se algumas semanas até que Henricão fosse chamado de volta à Eldorado, desta vez para tomar conhecimento de que seu disco, o tão esperado disco, seria feito. Ao receber a notícia, ele chorou convulsivamente. “Coloquei todas as tristezas para fora”, diria depois. E voltaria a chorar durante a gravação, fazendo o seu gorro de lenço. No estúdio, encontrou fãs e fez amigos. Um deles, o Edson José Alves, filho de Juci, antigo integrante do “Rago e seu regional”, que acompanhou Henricão no auge de sua carreira. O sambista se comoveu com a dedicação de Edson nos arranjos e, especialmente, quando o acompanhou, com um violão de cordas de aço em “O Som dos Carrilhões”. A música é um imortal choro de João Pernambuco, no qual Henricão colocou letra, agora pela primeira vez gravada.

Todas as músicas deste disco foram escolhidas pelo próprio compositor e cantor. Tudo foi feito de maneira natural, que é a própria maneira se ser de Henricão. Um tipo de gente que hoje é rara. Sincero, sensível, simples. Como é também a sua música, pois ela não passa do retrato do seu dia-a-dia. A história dos amores perdidos, dos fatos observados na rua. A crioula que ele esperava debaixo do relógio da praça da Sé deu mancada? Não tem importância, isto lhe inspirou um samba. Aquela outra o abandonou, magoando-o muito? De seu coração surgiu “Sou Eu”, que Paulo Vanzolini considera um dos melhores sambas paulistas. Certa vez, durante uma festa pública em Pernambuco, viu que a platéia gostava muito de cantar “Cielito Lindo”, uma música mexicana. Aproveitou, escreveu nova letra para ela, transformando-a num samba de respeito, a tempo de apresentá-lo durante a festa. Assim nasceu a sempre cantada “Está chegando a hora”. Outra vez, num bar, teve a idéia de compor “Casinha da Marambaia” ao escutar a conversa de dois aspirantes a fuzileiros navais...

Seu companheiro na maioria das composições é outro paulista, Rubens Campos, que um dia também foi pro Rio. Certa ocasião, eles estavam na Praça Tiradentes, sentados, e um bando de andorinhas sobrevoava o local com insistência. Indo e vindo. Mas uma das aves, notou Henricão, não se misturava com as outras, voava sempre mais atrás um pouquinho. Ele disse ao amigo: isso dá música. O Rubens brincou: “O, Henricão, você de tudo quer fazer música!”. Ele não se incomodou. No dia seguinte iria ao escritório de despachante do parceiro apresentar-lhe os primeiros versos da marcha-rancho “Andorinha”. Até sua sobrinha Dedé ajudou na composição.

Para que essa música fosse incluída no disco, foi preciso arranjar um bombardino, instrumento hoje em desuso. Era a vontade do sambista e assim foi feito. Da mesma forma como se organizou um “regional”, coisa que não se usa mais em gravações, para acompanhá-lo. Esse acompanhamento foi intencionalmente despojado, de modo que a voz de Henricão fosse registrada com clareza. Respeitou-se também o seu modo de falar. Assim como o seu desejo e gravar com Carmem – e ela está nas faixas “Carmelito” e “Está chegando a hora”. Henricão está satisfeito, acha que capricharam mesmo, diz que agora já pode morrer em paz... se bem que, pensando melhor logo em seguida ele diz que isto é apenas o recomeço. E sorri seu branco sorrisão, amigo, infantil, contagiante. Humano."
Júlio Moreno - Outubro de 1980
(texto do LP original, lançado em 1980)

FONTE: ocourodocabrito.blogstpot.com

segunda-feira, 10 de março de 2008

MY SPACE

ENTREM E CONFIREM O MY SPACE DO PARANAPANEMA!!!

MUSICA, FOTOS E GRANDES AMIGOS!!!!!!

www.myspace.com/paranapanema

ABRAÇO